Família Magro
Genealogia da família Magro e das que a ela estão ligadas; Fraga Lamares, Moura Bessa, Borges de Araújo, Pinho Valente, Silva Vernetti e outras.
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HISTÓRIA / CURIOSIDADES
Brasão d'Armas dos Magros
De azul, uma cruz de prata, acantonada de quatro estrelas de seis raios de ouro.
Timbre: um leopardo de azul, com uma das estrelas do escudo na testa.
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Um brasão de armas, na tradição medieval, é um desenho que, obedecendo às leis da heráldica, pretende identificar indivíduos, famílias, clãs, corporações, cidades, regiões e nações.
Não se sabe, com rigor, quando é que esta prática teve início, mas sabe-se que os brasões não eram fornecidos ao acaso às pessoas. Tiveram as suas origens em actos de coragem e bravura praticados por grandes cavaleiros. Era uma maneira de os homenagear e às suas famílias. Com o passar do tempo, como era um símbolo de estatuto, passou a ser conferido a famílias nobres no intuito de identificar o seu grau social. Assim, somente os heróis ou a nobreza possuíam tal ícone e o poderiam transmitir aos seus descendentes.
A partir do século XIX, com a ascensão ao poder da burguesia e o declínio da aristocracia, o brasão foi perdendo a sua importância.
No século XX o brasão renasceu, mas, desta vez, aplicado na simbologia de municípios, corporações, estados e outras entidades colectivas.
De observar que, desde o século XIX, por tradição, muitas dessas entidades chamaram de "brasões" aos seus emblemas distintivos. No entanto, trata-se de emblemas e não propriamente brasões, já que, apesar da denominação formal de "brasão", não obedecem às regras da heráldica.
Atualmente é frequente o uso de brasões como símbolo de freguesias, municípios ou regiões, que têm a sua bandeira, onde normalmente figura um Brasão.
Associações, clubes (especialmente de futebol), empresas e mesmo pessoas físicas continuam a usar brasões de armas como elemento gráfico de identificação.
Fonte: Wikipédia
E é nessa qualidade de distintivo que se publica aqui o “brasão” acima que encontramos algures pela net e que terá sido, muito provavelmente, elaborado por uma das muitas empresas que se dedicam a isso.
Já detectamos na net mais do que um “brasão” diferente da família Magro.
Admite-se que no Séc. XIII os descendentes de D. Egas Moniz que usaram o sobrenome Magro, a começar pelo seu bisneto D. Gonçalo Viegas Magro, tenham usado um brasão, mas é completamente abusivo considerar que todo aquele que hoje usa esse sobrenome é descendente, por essa via, de D. Egas Moniz e, muito menos, ter legitimidade para usar um qualquer desses brasões.
“Se está a fazer uma pesquisa genealógica e deseja saber que armas correspondem ao seu apelido ou sobrenome, tenha em atenção que existem muitas famílias com o mesmo nome e nem todas têm a legitimidade para usar o respectivo brasão. Isso deve-se ao facto de antigamente, ao contrário de hoje, não existirem regras rígidas que determinassem a atribuição a um indivíduo deste ou daquele apelido ou sobrenome.
Se desconhece o brasão usado pela sua família, não se preocupe, nós criaremos um inspirado nos nomes dos seus antepassados.
Você irá assim “assumir” essas armas.”
(publicidade na internet)
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Rodeia as origens desta família toda uma série de lendas que a credulidade de inúmeros genealogistas e a passagem dos séculos tonaram difíceis de desfazer.
A verdade, porém, é que elas nasceram da fértil imaginação de João Soares Coelho, trovador e vassalo de D. Afonso III, tendo por base o desejo de aquele algo modesto fidalgo se engrandecer, a si e à sua ascendência, através da adaptação a um antepassado de uma fábula que, originariamente, lhe era estranha.
João Coelho era, com efeito, descendente por via bastarda de um dos filhos bastardos de D. Egas Moniz «de Riba-Douro», e terá decidido transformar-se em representante daquela linhagem, apesar do seu ramo não ter herdado sequer um dos seus únicos bens patrimoniais.
Para tanto, chegou a maquilhar o momento funerário de D. Egas Moniz, para o decorar com cenas da aventura que lhe atribuíra. Heraldicamente, no entanto, aquele trovador deixou marcada a sua diferença em relação aos verdadeiros ramos da descendência legitima de D. Egas Moniz.
Fonte: Geneall.net
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Tratando-se de outro nome proveniente de alcunha, dizem certos autores que a família que o adoptou por apelido provém da linhagem dos «de Riba-Douro», hipótese pouco verosímil dado ser natural que existam várias famílias assim designadas sem nada terem a ver umas com as outras.
Dicionário das Famílias Portuguesas - pág. 238.
"...Pode-se admitir que D. Lourenço Viegas filho de D. Egas Moniz tivesse tido alguma importância social, uma vez que foi Alferes de Afonso Henriques, embora por pouco tempo, por ter governado a terra de Neiva e por ter casado, segundo parece, com uma filha do conde Gomes Nunes de Pombeiro, um dos magnates mais importantes da corte de D. Afonso I.
Mas não teve filhos legítimos, como afirmam os dois livros de linhagens que o referem; apenas um bastardo, Egas Lourenço. A posição social inferior deste é indicada pelo facto de não se ter guardado memória do nome de sua mulher e por três dos seus filhos serem conhecidos por alcunhas; Coelho, Frade e Magro. O primeiro deles foi o que deu origem à família do mesmo nome; o segundo foi ascendente dos Alcoforados, mas por via feminina; do terceiro descenderam os Magros, através de uma barregã. Famílias bem modestas na segunda metade do século XIII."
(José Mattoso in "João Soares Coelho e a Gesta de Egas Moniz")
Nas várias pesquisas efectuadas detectei, efectivamente, a existência em Portugal dos três grandes ramos de Magros que vários autores referem, a saber:
- os Magros de Malpica
- os Magros de Mondim de Basto
- os Magros de Montalegre
Tentei, com os meios ao meu dispôr, elaborar as respectivas árvores genealógicas no intuito de encontrar alguma relação entre as três famílias, não tendo conseguido esse objectivo, nem tão-pouco o de comprovar a ligação a Gonçalo Viegas Magro, bisneto de D. Egas Moniz.
No entanto, a família Lamares Magro descende de D. Egas Moniz, e de outras figuras ilustres da nossa História, através dos Bessas, já que Maria Augusta Fraga Lamares, minha avó, era filha de João Alves Fraga Lamares e de Ana Augusta da Silva Bessa.
A.M.
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Alguns textos sobre história e genealogia:
Egas Moniz de Ribadouro - seus ascendentes e descendentes - Fernando Magro
EGAS MONIZ DE RIBADOURO - SEUS ASCENDENTES E DESCENDENTES
(por Fernando Magro)
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Exposição do genealogista Ângelo da Fonseca
INTERESSANTE EXPOSIÇÃO APRESENTADA PELO GENEALOGISTA ÂNGELO DA FONSECA NO FÓRUM DO SITE www.geneall.net
“Talvez por razões da minha formação sempre gostei de trabalhar com números, pelo que quando o apelo à Genealogia se tornou mais forte, não pude deixar de associar a Matemática à Genealogia, de que me resultaram alguns pensamentos filosóficos sobre os parentecos entre as pessoas, como seguramente sucedeu com tantos de vós. Assim sendo, aqui deixo à consideração dos demais Confrades para confrontação de ideias e discussão elevada das eventuais consequências genealógicas, os seguintes pensamentos:
1) Como consequência das lei da natureza na natalidade, em que cada indivíduo resulta obrigatóriamente de um só pai e de uma só mãe (conhecidos ou não), a nossa ascendência genealógica é regida pelas “potências de base 2?, isto é, pela função matemática de 2 levantado a n em que n é o número de gerações.
2) Isto aplicado ao universo português, e pensando-se apenas até à nacionalidade (geração do D. Afonso Henriques), implica o seguinte:
– Para pessoas da minha geração (meados do século XX), e com um erro máximo de 3 a 5 gerações, penso que todos estamos distanciados daquela época por cerca de 22 gerações, isto é, cada um de nós descende de 2 levantado a 22 = 4.194.304 indivíduos, sendo que metade destes, ou seja 2.097.152, pertencem à geração do D. Afonso Henriques, sendo metade homens e outra metade mulheres.
– Se generalizarmos isto à população portuguesa da minha geração, que serão alguns milhões de indivíduos (consideremos por exemplo 5 milhões), e a não haver qualquer parentesco entre os respectivos avoengos obrigaria a que na geração do D. Afonso Henriques tivessem de haver cerca de 5.000.000 x 2.097.152 = 10.000.000.000.000 indivíduos, isto é 10 biliões de almas!
3) Embora sem dados oficiais, se pensarmos que Lisboa tinha 60.000 em 1527, 100.000 em 1551 e 120.000 em 1620, talvez nem 500.000 pessoas houvessem no reinado de D. Afonso Henriques no espaço que Portugal veio a ocupar, pelo que não há suficientes avoengos distintos apara alimentar um único descendente da minha geração, quanto mais para alimentar os 5 milhões.
– Portanto, estes números comparados com o ponto anterior, implicam que se cada indivíduo da minha geração resultasse, em média, de todos os indivíduos da geração do D. Afonso Henriques, ainda assim alguns deles teriam de ser mais do que uma vez avoengos, e que, quanto mais se afastar um indivíduo desta média, mais avoengos repetidos terá de ter.
– Por outro lado, esta limitada base de indivíduos da geração do D. Afonso Henriques é comum aos estimados 5 milhões de descendentes actuais da minha geração, pelo que para distribuir tão poucos por tanta gente, implica que, em média, haja um elevado número de parentescos (milhares) entre os cinco milhões de descendentes actuais.
– Entre dois indivíduos da geração actual, de famílias actualmente distintas, em média, os parentescos serão mais frequentes nas gerações mais recuadas, diminuindo à medida que nos aproximarmos das gerações mais próximas.
– Em média, a probabilidade de um indivíduo ser descendente ou parente de outro aumenta com a distância geracional, ou dando um exemplo, é muito mais provável que os cada um dos 5 milhões de individuos actuais seja descendente ou parente do D. Afonso Henriques, do que do D. João IV ou menos ainda do D. Carlos I, e por isso não admira a diferença no número de bolas azuis e douradas no site do Genea.
– Em média, cada indivíduo da geração actual terá ascendentes com a maioria dos apelidos portugueses existentes, nomeadamente os mais antigos. – Dos milhões de pessoas de que cada um descende, só conheceremos uma minoria, e que recuadamente serão os mais ilustres, não por senobismo ou presunção, mas porque terminados os paroquiais, a história só tem memória dos que se distinguiram pela sua nobreza, riqueza, inteligência, coragem, bondade, etc.
Muitas outras implicações se podem concluir desta análise, e a própria análise pode ser generalizada a épocas mais recuadas e espaços mais alargados, mas as conclusões seriam de sentido equivalente e uma coisa é certa a função 2 levantada a n tende para infinito e no infinito tudo se encontra, até as rectas paralelas.
Faço votos que estes pensamentos e sua discussão permitam melhorar o conhecimento da nossa Genealogia e do potencial como ferramenta para uma maior compreensão entre todos e em harmonia com as belas leis da natureza
Ângelo da Fonseca”
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Curiosidades sobre os registos de baptismo - Abílio Magro
CURIOSIDADES SOBRE O USO DE APELIDOS AO LONGO DOS TEMPOS
Até ao século XIX, não vigorando em Portugal quaisquer normas legais sobre este assunto, as famílias nobres usavam, em regra, os apelidos mais importantes logo a seguir ao nome próprio. O primeiro apelido era geralmente o paterno, embora se pudessem escolher livremente de entre os usados pelos pais ou pelos quatro avós, sendo frequentes os casos de irmãos que não usavam os mesmos apelidos.
Quando se iniciaram os registos paroquiais no século XVI este sistema estava muito desorganizado. Consultando os livros paroquiais dos séculos XVI e XVII, verifica-se que a maioria dos nomes que aí se encontram é formada por dois elementos; nome próprio e sobrenome, sendo este, na maioria dos casos, derivado do nome dos pais (patronímico).
Também era frequente usar o nome de família (apelido).
De facto, os patronímicos começam a ser usados como apelidos, e a ser transmitidos de geração em geração, em vez de serem adaptados em cada geração do nome próprio do pai (Álvaro - Álvares/Alves, Egas – Viegas, etc.). Outros apelidos têm origem em alcunhas, nos nomes das terras (toponímicos) de onde as pessoas são naturais, ou, ainda, nas profissões.
Esta indisciplina no uso e transmissão dos apelidos perdurará até ao século XX, pois as pessoas usavam frequentemente apelidos diferentes dos que usavam os seus pais e irmãos, indo buscá-los indiferentemente a; pai, mãe, avós, tios, padrinhos ou onde quisessem, e até mudando-os ao longo da vida.
Havia também casos em que escravos ou criados acabavam por adoptar os apelidos dos seus donos ou senhores.
No baptismo, o padre, normalmente, registava apenas um nome próprio, e verificamos que nos vários filhos comprovados de um casal, por vezes os pais aparecem com apelidos diferentes, sobretudo a mãe, que pode aparecer com o patronímico ora do pai, ora da mãe.
Por norma, era na altura do casamento que se “fixavam” os apelidos e são estes os registos mais completos para o conhecimento dos apelidos familiares.
Nos registos de óbitos verificamos que os jovens adultos, que morriam solteiros, eram normalmente apenas identificados pelo nome próprio e a indicação de filiação: Fulano, moço/a solteiro/a, filho de Beltrano.
Os apelidos (e também os nomes) tinham uma grafia bastante livre e podiam ser postos no feminino. Ninguém se admirava (excepto os descendentes contemporâneos) se uma mulher aparecesse umas vezes como Joana Leitão e outras como Joana Leitoa.
No século XVIII, entre a nobreza titular, difundiu-se a moda estrangeira de usar nomes muito compridos, e esta extravagância permaneceu até ao princípio do século XX, chegando a haver pessoas com mais de 30 nomes.
No princípio do século XIX expandiu-se em Portugal um costume que vigorava na maioria dos países europeus: o de a mulher adoptar o nome do marido. Parece que esta prática só era seguida em meios urbanos e, nos rurais, parece ter havido a prática dos filhos (rapazes) adoptarem o apelido paterno, e as filhas (raparigas) usarem os apelidos maternos.
Abílio Magro
Fonte: Internet
A História que nos é transmitida pelos livros deverá estar repleta de “mentiras, já que os historiadores contemporâneos assentam as suas “verdades” quase exclusivamente nas verdades dos historiadores que os precederam, e em dados recolhidos em documentos “oficiais” cuja fiabilidade é duvidosa, principalmente quando se trata de documentação mais antiga.
Atente-se no caso do nosso D. Afonso Henriques que, tendo nascido “enfezado e
aleijadinho” das pernas, por obra e graça de Nossa Senhora de Cárquere veio a dar no latagão que desbaratou toda a “moirama” que por aí andava a “banhos”.
Para os crentes, não haverá dúvidas de que aquele que usou o nome de Afonso
Henriques era, de facto, filho do Conde D. Henrique e de D. Teresa, mas para
quem, como eu, não acredita em milagres, os cronistas da época e aqueles historiadores que seguem o princípio da separação da “verdade documentada” e a “verdade aceitável”, merecem outro crédito. Este princípio foi acrescentado à investigação nos finais do século XX pelo historiador inglês Jack Lindley, levando muitos historiadores actuais a admitir que subsistem “interrogações no domínio do aceitável” sobre os pais biológicos do primeiro rei de Portugal.
Na genealogia, os erros são muito frequentes, dado o modo como eram efectuados os registos paroquiais de baptismo, casamento, óbito, etc., ao longo dos anos.
Todos os registos paroquiais, desde o século XVI até ao ano de 1911, têm vindo a
ser microfilmados e publicados no site da Torre do Tombo, com acesso grátis, e já não faltará muito para o trabalho estar terminado.
Nesses registos paroquiais, existem três grandes períodos:
1 - do séc. XVI até finais do séc. XVII:
formato de livre escolha pelo pároco:
- Registos contendo apenas o essencial, não sendo possível fazer dupla verificação por insuficiência de dados;
- Baptismos: nome da criança [apenas nome(s) próprio(s)], pais, padrinhos e data do baptismo;
- Casamento: nomes dos noivos e padrinhos, data do matrimónio;
- Óbitos: nome, indicação de viuvez, data do óbito.
2 - de finais do séc. XVII até 1860:
apesar de variarem de diocese para diocese, estes registos já permitem algum cruzamento de dados:
- Baptismos: inclui naturalidade dos pais;
- Casamento: naturalidade dos noivos, nomes dos pais;
- Óbitos: nome do cônjuge.
3 - de 1860 até 1911:
os registos foram uniformizados por força do decreto de 19 de Agosto de 1859, contendo informação mais detalhada;
- Baptismos: inclui nomes dos avós;
- Casamento: idade dos noivos, naturalidade dos pais e data do matromónio;
- Óbitos: nomes dos pais e naturalidade.
Ora, foi neste contexto que resolvi dedicar-me à pesquisa genealógica de alguns dos meus ascendentes e foi nestas longas deambulações pelas “salas” da Torre do Tombo que deparei com um imbróglio relacionado com os pais biológicos da minha avó paterna Maria Augusta Fraga Lamares e que exponho na página de detalhes do seu perfil - ver aqui
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Sobre a paternidade de:
- D. Afonso Henriques ver aqui
- Maria Augusta Fraga Lamares ver aqui
- Albertina Emília Rodrigues Canedo / Albertina de Almeida P. Magro ver aqui
EM DESTAQUE
Alexandre Vidal Pinheiro -
Álvaro Magro de Moura Bessa -
António Manuel Cerqueira Magro -
Egas Moniz -
Guilherme Joaquim Boto da Piedade -
João Alves Fraga Lamares -
Joaquim Vidal Pinheiro -
Maria João Carrilho Vitória Peres -
Maria Leonor Leite Pereira Magro -
Zeferino Lourenço Martins
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